Músicas

Músicas

Trabalhadores administrativos da Saúde reivindicam tratamento igual no sector

novembro 14, 2019

/ Por João André Sumbo
Os trabalhadores administrativos do sector da Saúde de Luanda constituíram, ontem, um sindicato que vai, nos próximos dias, reivindicar junto da entidade empregadora a estagnação dos salários dos maqueiros, vigilantes, dactilógrafos, catalogadores, empregadas de limpeza e operários qualificados.


Marcelina de Almeida, eleita secretária-geral do Sitasal (Sindicato dos Trabalhadores Administrativos da Saúde de Luanda), durante a primeira assembleia, explicou que os administrativos foram recentemente prejudicados na última actualização salarial.
“Os salários dos médicos, enfermeiros e técnicos de diagnóstico aumentaram, mas o nosso não, por alegadamente falhas no sistema”, disse a sindicalista.
Com o objectivo de defender os interesses sociais, o Sitasal pretende orientar a sua acção com base nos princípios da legalidade, liberdade, unidade, democracia, equidade de género e solidariedade.
Marcelina de Almeida afirmou que o sindicato prossegue objectivos baseados na defesa legítima dos interesses dos trabalhadores, lutar para que a entidade empregadora respeite a legislação laboral e o exercício de actividade sindical.
Ao afirmar que a organização promove a defesa das políticas de pleno emprego e redução de desemprego, sublinhou que o sindicato é contra qualquer medida ou actividade que coloque em risco os profissionais, defendendo a criação de estabelecimentos de assistência médica e medicamentosa para os trabalhadores do sector, em particular os filiados. O secretário adjunto para os assuntos organizacionais do Sitasal, António Neto, deu a conhecer que a ideia da criação do sindicato é antiga, mas “surge somente agora, porque os interesses dos trabalhadores administrativos são sempre lesados”.
“Houve mexida salarial na classe médica, de enfermagem e diagnóstico, mas nós os administrativos não”, reforçou, para justificar ser esta a principal razão que acelerou a criação da organização.
Deste modo, assegurou, os trabalhadores do regime geral estão organizados para discutir os seus direitos diante da entidade empregadora.
“Temos colegas que entraram, há 15 anos, como auxiliares administrativos e até agora se mantêm na mesma categoria e com o risco de irem à reforma com o mesmo salário”, acrescentou.
Há mais de 20 anos no sector, António Neto explicou que, anteriormente, dependiam do sindicato dos enfermeiros, quando estes fossem reivindicar melhoria salarial e das condições de trabalho junto da entidade empregadora.
Para o sindicalista, muitos trabalhadores deram continuidade aos estudos, mas não tiveram mudança de categoria, sem justificação plausível.
A secretária-geral do sindicato, Marcelina de Almeida, acrescentou que a organização está apostada em apoiar os funcionários administrativos que, apesar do sacrifício, não têm apoio da entidade empregadora.
Funcionária administrativa há 10 anos, a líder sindical do Sitasal admitiu que há pouca valorização do pessoal administrativo da Saúde, porque “ninguém defendia estes técnicos”.

Nenhum comentário

Postar um comentário

Don't Miss
© Todos Direitos Reservados!
© Platina Mais