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UNITA acusa Executivo de falta de vontade política - (Platina Mais)

outubro 24, 2019

/ Por Albertino B(Director)
Platina Mais, Por:Albertino B

UNITA acusa Executivo de falta de vontade política...

O presidente da UNITA acusou, ontem, o Executivo de estar com falta de vontade política de implementar as autarquias no próximo ano, como está previsto.
Líder do maior partido da oposição apresentou uma réplica ao discurso do Chefe de Estado
Isaías Samakuva, que apresentava o “Ponto de vista da UNITA sobre o estado da Na-ção”, proferido, no dia 15 deste mês, pelo Presidente da República, no Parlamento, justificou a sua acusação com o facto de o Executivo ter criado o Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) e o Chefe de Estado não se ter referido ao calendário eleitoral autárquico. 
“Em Junho de 2019, ao invés de se avançar com o processo de descentralização, o Executivo recuou, tendo decidido fazer o contrário: reforçar a centralização e partidarização do Estado ao nível local. Para o efeito, quantificou alguns dos projectos inscritos no OGE e procurou financiá-los com a verba desviada de dois mil milhões de dólares, então recuperada do Fundo Soberano e que não estava inscrita no OGE. A esta manobra chamou-se PIIM”, criticou.
Para Samakuva, o PIIM é um plano “centralizado e partidarizado”, uma fórmula aparentemente administrativa para se utilizarem recursos públicos com vista à obtenção de ganhos político-partidários.
Respeito pela autonomia
O líder do maior partido da oposição, que no próximo mês deixa a presidência da UNITA, entende que se o Governo quisesse respeitar o princípio da autonomia local e o processo de democratização do país a nível local, institucionalizaria, primeiro, as autarquias, para permitir que os órgãos autónomos do poder local implementassem, cada um, o seu Programa Integrado de Intervenção nos Municípios.
“Nos círculos do poder, a euforia à volta das autarquias abrandou de tal forma que os angolanos começaram a duvidar da vontade política do Estado de implementar as autarquias em 2020 com o mesmo zelo e determinação com que pretende concretizar o PIIM em 2020”, considerou o político.
Segundo Samakuva, as dúvidas sobre a implementação das autarquias aumentam quando se constata que “o Ministério das Finanças cortou o orçamento da Co-missão Nacional Eleitoral”, o que, em seu entender, não lhe permite programar as suas actividades com racionalidade económica, eficiência administrativa e segurança jurídica.
“A Comissão Nacional Eleitoral não tem verbas sequer para pagar as despesas com o pessoal, consagradas por lei, especialmente aos comissários municipais eleitorais incumbidos de organizar as eleições autárquicas”, afirmou. Ao referir-se ao “silêncio” que o Presidente da República fez sobre o calendário eleitoral autárquico, o líder da UNITA fez um conjunto de questionamentos, entre os quais: “o país tem ou não dinheiro para se organizarem as eleições autárquicas?”
Diálogo para consensos
Durante o seu discurso, ouvido por membros da direcção e militantes do partido, o presidente da UNITA defendeu o diálogo para que se encontrem os consensos necessários para que o país se prepare bem para a im-plantação das autarquias em todos os municípios na mesma altura.
Isaías Samakuva defende, igualmente, que sejam as autarquias a estruturar e im-plementar programas de emergência nacional para ajudar a tirar o país da crise, em particular nas áreas da Educação, Saúde, Habitação, Emprego e Segurança Social.
A UNITA está disponível para apresentar e discutir com as “forças patrióticas” um Plano de Acção com esta finalidade, garantiu o seu presidente.
Samakuva referiu-se, igualmente, à crise económica e social que o país atravessa. “Não obstante a forte vontade que manifestou de melhorar a vida dos angolanos, a Nação angolana ficou mais empobrecida nestes dois anos, e a força com que o Presidente tinha começado, parece ter desaparecido”, considerou o político, prevendo que o ano vai terminar com um crescimento negativo da economia.
Defendeu que a crise só pode ser superada com patriotismo e unidade na acção. “O patriotismo exige que o Presidente assuma a vanguarda de um amplo movimento nacional de mudança”, disse
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